Seguro de Incêndio

Principais Coberturas         

           O contrato de seguro contra os riscos decorrentes de incêndio visa a garantir os prejuízos que o segurado venha a sofrer em consequência de incêndio, queda de raio e explosão de gás doméstico.

           Essas são as coberturas básicas, podendo haver outras garantias, contra prejuízos decorrentes e/ou consequentes dos riscos cobertos, que poderão ser inseridas à conveniência do segurado.

           A natureza do objeto segurado (moradia, comércio, serviço ou indústria), que reflete a propensão à ocorrência do evento, determinará a inserção de cláusulas adicionais, visando à garantia de outros riscos, tais como: danos elétricos, explosão de caldeiras, perda de aluguel, incêndio resultante de queimadas em zonas rurais, perda de prêmio, rateio parcial, responsabilidade civil e muitas outras.

           É certo, também, que o sentimento de perda por parte do segurado, ou, dizendo de outra forma, a maneira como ele lida com o risco determinará a escolha da garantia adicional desejada.

Como se calcula o Seguro Incêndio?

No cálculo do prêmio a seguradora leva em conta o maior ou menor grau de periculosidade (propensão ao risco) do objeto segurado, grau esse que é refletido por um conjunto de caracteres próprios, a saber: localização, ocupação e construção do objeto segurado.

            A localização (Município) indica a infraestrutura que poderá ser acionada visando à redução do evento coberto, donde se infere que, quanto mais desenvolvido o Município, tanto menor será a taxa aplicada à importância segurada.

            A ocupação do risco é outro fator fundamental: se o prédio é ocupado por um escritório, certamente terá uma taxa menor que uma fábrica de móveis.

            Finalmente, o tipo de construção do imóvel é outro dado importante, haja vista demonstrar maior ou menor propensão ao evento, em função de ser mais ou menos combustível: uma casa de madeira pega fogo mais rápido que um prédio de concreto armado.

            Além desses caracteres gerais citados, a seguradora leva em conta também situações especificas do risco para até mesmo desonerar a taxa quando o imóvel segurado apresenta condições de gerenciamento de risco, de modo a debelar um incêndio, ou mesmo evita-lo, em tempo menor que outro imóvel similar sem tais prevenções.

Como é fixado o valor segurado Incêndio?

O valor segurado, representativo do interesse a ser segurado, que para a seguradora, em regra, corresponde ao limite máximo da garantia, é fixado pelo segurado e não implica prévia aceitação por parte da seguradora.

              É apenas o limite máximo da garantia, no comum dos casos, deve corresponder ao valor atual dos bens, representado pelo valor de novo menos a depreciação pelo uso, idade e estado de conservação.

              Importa ressaltar ser da maior importância a fixação dos valores em risco.

Nesse caso, no comum das vezes em risco comercial/ou industrial, o valor contábil não se presta a fixar os valores segurados dos bens propostos ao segurador, pois são outros os métodos de depreciação.

              Não obstante, com relação ao estoque de materiais de uma fábrica, por exemplo, deve restar comprovado também nos livros contábeis a sua quantidade, é de vital importância que o segurado saiba o tipo de contrato de seguro incêndio que está efetivando.

              Isso porque as seguradoras oferecem contratos, sob o ponto de vista do pagamento da indenização, classificados, na maior parte das vezes, em: seguro a risco proporcional, seguro a primeiro risco absoluto e seguro a primeiro risco relativo, que vou explicar com mais detalhes em outro artigo, além de outras modalidades menos utilizadas.

              As cláusulas que identificam o contrato precisam estar ao alcance do entendimento do segurado, sob pena de haver sérias questões jurídicas quando da ocorrência do sinistro, haja vista a aplicação da cláusula de rateio se fazer diferentemente a cada modalidade considerada.

Quer saber mais? Faça-nos um contato, ficaremos felizes!